quinta-feira, 11 de novembro de 2010

STAND-UP Hitler (turma de humor)


Eu adoro Hitler.

Sabem por quê?
Hitler é o melhor argumento para quem quer vencer uma discussão.
A não ser, claro, que estejamos a discutir com um neonazi. Mas, se estivermos a discutir com um ser humano, use o Hitler que sempre funciona.

Outro dia, por exemplo, tava um sujeito na TV, num debate, a defender o fortalecimento do estado social. Tava a ir muito bem, até que um dos intervenientes mandou essa: “Sim, pois, fortalecer o estado social foi uma das primeiras medidas do Hitler quando subiu ao poder.” Pronto, depois disso o sujeito sumiu no debate. Quando chegou em casa o cão mordeu-o e a mulher nem lhe esquentou o jantar.

Hitler tinha apenas um testículo. Ele devia ser mesmo traumatizado com isso. Por não ter uma bolinha que cabe na palma da mão ele queria ser o dono de uma bola chamada Terra.

Usar Hitler para desqualificar o discurso de uma pessoa é tão fácil quanto desenhar um quadradinho preto embaixo do nariz de alguém.

Uma das minhas preferidas é quando vem um sujeito todo zen a dizer orgulhosamente: “Eu sou vegetariano, sou contra a crueldade com os animais.” Eu digo logo: “Ih, sabe quem também era vegetariano? ...O Hitler.”

Depois disso o sujeito nunca mais consegue comer uma alface sem pensar na pobre da Anne Frank em Auschwitz.

Hitler é um verdadeiro canivete suíço da retórica.

Por exemplo, se a sua namorada quiser que você a leve na ópera no dia em que tem “Barcelona e Milan” na TV, é só largar essa: “Hitler adorava óperas”.
Sua namorada vai mudar de ideias e ainda vai lhe servir cerveja gelada durante o jogo, para se redimir.


Outro canivete suíço da retórica é a fome no mundo. Deixa-me muito feliz que haja tanta fome no mundo.
Porque toda vez que eu faço uma asneira, sempre posso safar-me com o argumento da fome no mundo.

Funciona assim: imagine que um artista resolve fazer uma instalação de vanguarda, dessas que estão em voga tipo, “homem nu trancado em recinto de vidro com esculturas de fezes adornadas por pássaros mortos em putrefação”. Aí se alguém reclama do cheiro, dos direitos dos animais, do homem não estar com o peito depilado, o artista safa-se logo assim: “Com tanta fome no mundo e vocês a reclamarem disto.”
Já não está mais aqui quem falou.

O movimento homossexual marca uma Parada Gay em Fátima, no dia 13 de maio – mera coincidência. Quando a Igreja reclama eles safam-se lindamente: “Ai, com tanta fome no mundo e essa igreja católica a ocupar-se com a nossa party.”

Você está na cama com uma gaja que engatou na net, sua namorada chega de surpresa. Ela pergunta: “Mas o que é que está a se passar aqui?”
Você responde, “Ó querida, com tanta fome no mundo e estás a preocupar-te com isto??!!”

Sua namorada vai largar você na mesma. Mas você vai poder espalhar por aí que foi melhor assim pois ela é uma pessoa egoísta e insensível.

Para terminar, deixo-vos um aviso: para tudo há uma exceção e estas duas armas letais da argumentação – Hitler e a fome no mundo – só não funcionam em discussões com benfiquistas.
Benfiquistas têm sempre razão. Sempre.

ELIANA SÁ

1 comentário:

  1. ser sério, o Almeida, isto é a estória que foi contada ao Almeida, alías, o próprio não sabia de tal acontecimento; era verão ou inverno ou o que era mesmo.., sei que o Almeida veio instalou-se, e tudo dizia, olha lá vamos Almeida, e pronto vamos Almeida, era Almeida para aqui pra acolá
    , Almeida o que resta da história ... www.Almeida.pt

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